pcp
A crise só começou agora?
20 de Julho de 2009 às 12:54
Re: A crise só começou agora?
20 de Julho de 2009 às 01:37
A crise começou com o próprio capitalismo, algo que não é difícil verificar se formuláramos outro sistema.
Se algo começou agora foi a implementação de uma nova realidade, uma nova fase do projecto imperialista, uma fase na qual se apreciará um acentuar da clivagem social, um aprofundar do fosso entre classes, maior concentração de riqueza, mais escravatura, mais repressão, mais censura, debaixo de uma capa de demagogia que pode resultar positiva numa primeira apreciação. Tudo isto, sem qualquer pólo (referindo-me a países desalinhados) realmente eficaz na defesa da pluralidade, da justiça, da liberdade.
Sabíamos que, a acumulação e a geração de plus-valía oxigenadoras deste imposto paradigma, já seja imposto pela manipulação ou pela carestia, só podia derivar na precarização, espólio de direitos conquistados, redução de salários, em suma, no cada dia maior mimetismo entre a espécie humana e os animais.
Neste sentido, a luta do PCP, da CDU, sem dúvida da JCP, constituem, hoje e sempre, uma das únicas tábuas de salvação do futuro do homem enquanto ser pleno.

Saudações

Mário Pinto
pcp
Re: A crise só começou agora?
20 de Julho de 2009 às 02:14
Agradecemos a sua contribuição para o nosso debate.
Acerca da sua visão sobre a crise e a sua génese, estamos no essencial de acordo com ela.
Melhores Saudações
Re: A crise só começou agora?
20 de Julho de 2009 às 08:45
Exactamente,a crise começou com este modelo social.Em portugal teve o agravamento dos sucessivos governos,com o agravamento das diferenças entre ricos e pobres,com todas as privatizações,toda a luta contra dos direitos adquiridos com as lutas de abril.
E uma vergonha o valor das propinas,é uma vergonha que desempregados não tenham subsidios,é uma vergonha que apenas a propaganda conte.
Re: A crise só começou agora?
20 de Julho de 2009 às 09:30
Uma experiência histórica que julgo adquirida é de que nenhuma política verdadeiramente nacional se pode desenvolver contra os trabalhadores e sem o seu apoio. Então podemos dizer que as condições para a crise acentuaram-se com as políticas de direita. Com uma indústria gravemente mutilada, com milhares de trabalhadores - muitos deles qualificados - no desemprego, com sectores estratégicos (energia, telecomunicações, transportes) nas mãos de privados, os governos desfizeram-se de importantes instrumentos para, em situação de crise, promover políticas anticíclicas.